segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

• LSPST Notícia - GOES 13 encerra seu trabalho como GOES-Leste

     Hoje, nos despedimos do GOES 13, depois de 8 anos de operação como GOES Leste, sua missão chegou-se ao fim.
     No dia 8 de Janeiro de 2017, o satélite GOES-13 encerrou seu trabalho como GOES-LESTE, operação que é agora feita pelo novíssimo GOES-16. A coleta de imagens e envio via GOES 14 foi encerrada as 15:32 UTC (13:32 BRT). A Partir de quarta, o satélite começará a migrar para uma posição orbital (60° Oeste) onde entrará em Modo de Espera, até que o NOAA designe uma nova missão à ele. O Satélite tem a projeção de ser descomissionado (desativado por definitivo) daqui 3 anos (2021).
     O Modo de Espera tende a iniciar no dia 31 de Janeiro de 2017.

     O Fim da missão estava agendada para o dia 3 de Dezembro de 2017, as 15:00 UTC, mas devido a uma tempestade de inverno na costa leste dos EUA, a missão foi estendida por mais 5 dias (dia 8).

     Abaixo está a última imagem (Infra Realçada)  e visível do satélite como GOES-Leste.

          | Última imagem do Canal realçado do GOES-13 | Foto: DSA |
          | Última imagem do Canal visível do GOES-13 | Foto: NOAA/CINSS/SSEC |

     A América do Sul, ou para ser mais exato, a missão GOES-Leste, já acumula 5 satélites GOES em sua história. Confira abaixo todos os satélites que já operaram na posição Leste.

GOES 08: 09/06/1995 → 02/04/2003. (DSA - 01/01/1996 - 02/04/2003).
GOES 10: 21/12/2006 → 01/12/2009. (DSA  - 12/04/2007 -  31/11/2009).
GOES 12: 16/01/2003 → 15/08/2013. (DSA  - 30/11/2009 -  15/08/2013).
GOES 13: 14/04/2010 → 08/01/2018. (DSA  - 01/12/2011 -  08/01/2018).
GOES 16: 18/12/2017 → Atualmente. (DSA  - 25/04/2017).

OBS: As primeiras datas são de inicio e fim da missão GOES-Leste do satélite em questão. Para constar na lista, o aparelho deverá ter operado nas posições 60°W ou 75°W (W=Oeste). As segundas datas são de inicio e fim do recebimento das imagens pelo órgão estatal CPTEC/INPE/DSA.
(   ) - Descomissionado. (   ) Em Espera. (   ) Em Operação.
() Inicio da Recepção () Fim da Recepção.

     Como foi com o GOES 12, a LSPS Tempestades acabou criando um apego ao GOES 13. Foi através deste satélite que nós fizemos a maioria dos nossos trabalhos, e é tocante quando sua missão se acaba, após ajudar a fazer monitoramento, análises, sinóticas, artigos e previsões para a LSPST.

Créditos:
• Fonte: NOAA, DSA.
• Texto: Lucas Slongo (Adm: LSPS Tempestades).
• Foto: Imagem do GOES-13 (Via: DSA), NOAA/Universidade de Uisconsin.

                                                                                 • LSPS Tempestades •

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

• NOTÍCIA → GOES-16 é Oficialmente GOES-LESTE

     No dia 18 de Dezembro de 2017, o GOES-16 foi declarado pelo NOAA, oficialmente, como Operacional, e sendo assim, denominado de GOES-LESTE, tomando o lugar do GOES-13. Este dia é histórico para a meteorologia, a partir de agora, todos poderão desfrutar do que há de mais avançado no quesito monitoramento por satélite. O GOES-16, pode ser dito, como a revolução na meteorologia.

          | Canal visível do GOES-16 no dia 18/12/2017 | Foto: NOAA/GOES |

Esqueça as Imagens Preto e Branco - Para os monitoradores e meteorologistas, nos últimos anos, tínhamos as imagens preto e branco do canal visível do GOES-13, além das duas coloridas diárias dos satélites AQUA, TERRA e uma do SUOMI (a partir de 2012). A Partir de agora, temos imagens coloridas do canal visível ''a cada 15 Minutos'' numa resolução incrível de ''10848x10848''. A Diferença de um GOES para outro é tão gigante que, comparando, é sair da TV preto e branca para a digital 4K. Abaixo demonstramos a comparação do canal visível de ambos os satélites GOES.

          | Comparação dos canais visíveis do GOES-13 e 16 | Foto: NOAA/GOES |

Uma em uma hora, ou, em meia e meia hora, acabou - Até 2017, só era possível ter acesso as imagens do GOES a cada 1 hora ou 30 minutos. Mas a partir de agora podemos ter imagens a cada 5 minutos para os EUA e a cada 15 minutos para a América do Sul.

GOES 13 → 48 Imagens por dia.
GOES 16 → 144 Imagens por dia (América do Sul). 434 Imagens por dia América do Norte.

GOES-16 e seus canais:
   • Canal  V: Visível em Cores Reais (Dia) [GRB]. Multi-Espectral Infra-Realçada (Noite).
   • Canal 01: Visível em cor azul.
   • Canal 02: Visível em cor vermelha.
   • Canal 03: Veggie Infra-Realçada.
   • Canal 04: Cirrus - Infra-Realçada.
   • Canal 05: Neve/Gelo - Infra-Realçada.
   • Canal 06: Partículas da Nuvem - Infra-Realçada.
   • Canal 07: Janela de Ondas Curtas - Infra-Realçada.
   • Canal 08: Vapor da Águas em Altos Níveis - Infra-Realçada.
   • Canal 09: Vapor da Águas em Médios Níveis - Infra-Realçada.
   • Canal 10: Vapor da Águas em Baixos Níveis - Infra-Realçada.
   • Canal 11: Topo das Nuvens - Infra-Realçada.
   • Canal 12: Ozônio - Infra-Realçada.
   • Canal 13: Janela Limpa de Ondas Longas - Infra-Realçada.
   • Canal 14: Janela de Ondas Longas - Infra-Realçada.
   • Canal 15: Janela Suja de Ondas Longas - Infra-Realçada.
   • Canal 16: CO2 Ondas Longas - Infra-Realçada.

 -------------------------------------------------------- Os Destaques da Mudança. --------------------------------------------------------

     Como esperado, na quinta-feira, dia 30 de Novembro de 2017, as 11:30 da manhã (BRT) os principais canais do GOES-16 foram desligados para o inicio do movimento orbital. Abaixo está a última imagem enviada pelo GOES-16 antes de ter seus canais desligados.

          | Infra-Realçada do GOES 16 do dia 30/11/2017 | Foto: DSA/NOAA/GOES |

     O Movimento orbital até a posição 72° Leste durou 14 dias.

     No dia 14 de Dezembro de 2017, os canais do GOES-16 foram re-ligados e alguns do GOES-13 foram desligados, e também passaram a transmitir apenas via GOES-14, assim, o CPTEC parou de receber imagens por algumas horas, até configurarem a antena da sede para a localização do GOES-14.
     E Como dito no inicio da postagem, no dia 18 de Dezembro de 2017, o GOES-16 foi declarado Operacional e GOES-LESTE.

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Os Próximos Passos:
     Agora, o GOES-13 tem seus dias contados operando como GOES-LESTE. Está marcado para o dia 2 de Janeiro de 2018, o desligamento do 13 e inicio do movimento orbital para a posição 60°, onde ele entrará em Modo de Espera. No dia 2, teremos as últimas imagens do satélite na função GOES-Leste.

     Depois de colocar o GOES-13 para dormir... No dia 1 de Março de 2018, está planejado o lançamento do GOES-S, que em breve será o GOES-17 e em 2019 iniciará os trabalhos como GOES-Oeste. Lembrando que o GOES-Oeste não cobre a nossa região (América).

Texto: Lucas Slongo (Adm: LSPS Tempestades).
Fotos: NOAA, GEONET.

                                                                                 • LSPS Tempestades •

sábado, 9 de dezembro de 2017

• LSPS Tempestades → Ciclone Subtropical ''Guará'' - Dezembro 2017

            Ciclone Subtropical Guará.
                                                       • A 19ª Formação (Sub)Tropipal do Atlântico Sul

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ :Dados Técnicos do Sistema: ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
• Status: Em Dissipação.
• Pressão Máxima: 998 hPa.
• Pressão Minima: 996 hPa.
• Maiores Rajadas de Vento: 95 km/h.
• Inicio da Sistema: 9 de Dezembro de 2017.
• Fim da Sistema: 11 de Dezembro de 2017.
• Período de Atividade: 2 Dias.


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     No dia 9 de Dezembro de 2017, na carta das 12Z, a Marinha do Brasil classificou uma baixa com características subtropicais na costa do Espirito Santo, como um Ciclone Subtropical, sendo assim nomeado de Guará. O Sistema apresentava 998 hPa de pressão barométrica e rajadas de 92 km/h.

                                     | Carta das 12Z do dia 9 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Infelizmente neste período, o GOES-16 (GOES-R) está na viagem rumo a posição do GOES-LESTE, para substituir o GOES-13, neste processo, os instrumentos são colocados em modo seguro ou desligados, assim, não temos imagens em seus canais, principalmente o GRB (Visível colorido).
     Mas felizmente temos a dupla AQUA e TERRA, ambos de 2ª geração, que capturam duas imagens visíveis coloridas por dia, e hoje o AQUA registrou o Guará pouco tempo depois da nomeação pela Marinha.

         | Canal visível GRB do satélite AQUA (15:00 GMT) | Foto: Modis: AQUA |

Análise LSPST: A Marinha nem quis saber de evolução, já aplicou direto a classificação da baixa como um Ciclone Subtropical. Caberia melhor uma classificação de Depressão, devido a aparência e condição do Guará, mas parece que a Marinha levou em consideração a velocidade do vento, que estava acima dos 65 km/h, velocidade que corresponde a categoria Tempestade/Ciclone. O Ciclone está com seu centro muito exposto e devido a isso, há entrada constante de ar seco em seu centro, assim não pode evoluir para algo tropical. Fator que junto com a temperatura da água (23°C), traçam uma barreira praticamente inviolável para a evolução da baixa. A Projeção é de que o Guará seja rebaixado a extratropical neste domingo e na segunda seja dissolvido por uma frente fria.

         | Canal 3 do GOES-13 mostrando a umidade do ar as 13:30 BRT (15:00 GMT) | Foto: DSA/GOES 13 |

     No GFS 12Z pelo CyclonePhase, se percebe o Guará com configuração termal subtropical (quente em baixos níveis e morno em médios níveis), simétrico (sem acoplagem de frentes), sobre águas mornas (23 e 25°C), pressão na casa dos 998 a 1000 hPa e por fim com deslocamento sudeste.

         | GFS das 12Z pelo CyclonePhase | Foto: CyclonePhase - Edição: LSPST |

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Atualização #1 - 10/12/2017.

     Na carta das 00Z, a Marinha do Brasil manteve a baixa como ciclone subtropical. Na carta, o sistema é mantido com os 998 hpa de pressão barométrica, e 92 km/h de rajadas de vento. A Unica diferença é o deslocamento do Guará, que na carta anterior era leste, e nesta é sudeste.

                                     | Carta das 00Z do dia 10 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Na carta das 12Z da Marinha do Brasil, novamente, manteve as mesmas configurações (ciclone subtropical, 998 hPa e 95 km/h de rajadas), mudando apenas a direção de deslocamento, que agora é para o sul.

                                     | Carta das 12Z do dia 10 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Analisando pelo Earth, é possível notar que o Guará já perdeu uma das características subtropicais. A circulação mais intensa de vento se apresenta longe do centro da baixa (a leste e nordeste), configuração que se vê em ciclones extratropicais. Também é possível notar o inicio da absorção da baixa por uma frente fria, pelo flanco sudoeste. Fato confirmado na projeção do Earth para a madrugada.

         | Guará pelo simulador de ventos as 13:00 BRT do dia 10 | Foto: Earth |
         | Últimos respiros do Guará pelo simulador de ventos as 01:00 BRT do dia 11 | Foto: Earth |

     Abaixo tem a imagem de hoje do Guará, as 13:30 BRT pelo satélite TERRA.

         | Canal visível GRB do satélite TERRA (15:00 GMT) | Foto: MODIS: TERRA |

→ Análise LSPST: Hoje, o Guará já começou a apresentar características extratropicais, mesmo assim, a Marinha ainda insiste em mante-lo como Ciclone Subtropical. Talvez pelo motivo da baixa ainda não apresentar frentes e núcleo quente, mas na situação atual do Guará, na carta das 12Z seria melhor rebaixa-lo a Depressão Subtropical. Mas no fim da noite de hoje, o ciclone tende a estar quase dissolvido por uma frente fria, então, no mínimo se espera a Marinha rebaixar o Guará para Depressão, e mais ousadamente, para uma baixa comum. Bom... Veremos na madrugada de segunda.

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Atualização #2 - 11/12/2017.

     A Marinha do Brasil, na carta das 00Z, continuou insistindo na classificação de Ciclone Subtropical, sendo que no momento da carta sinótica, o sistema já apresenta características extratropicais e dissipativa, numa frente fria. Também houve alteração na pressão, agora consta 996 hPa.

                                     | Carta das 00Z do dia 11 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Na carta das 12Z da Marinha do Brasil, rebaixou o Guará para uma baixa comum, apresentando 998 hPa de pressão barométrica, associado a um cavado e sendo absorvido por uma frente fria.

                                     | Carta das 12Z do dia 11 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     O CyclonePhase parou de apontar o Guará como uma baixa na rodada das 06Z, onde ele era já totalmente extratropical, com núcleo frio em todos os níveis e sobre águas frias de 20°C.

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   Crédito:
• Texto: Lucas Slongo (Adm: LSPS Tempestades).
• Fotos: AQUA, TERRA, Marinha do Brasil, DSA, Earth.

→ Última Atualização: 11 de Dezembro de 2017 - 18:03 - (Horário de Verão).

REALÇANDO - Esta postagem é de caráter documentativa e analística. Todo o conteúdo aqui publicado tem como objetivo a verdade, sem sensacionalismo. Todos o conteúdo usado contem o nome do autor, assim, preservamos os direitos autorais. O Objetivo desta postagem é documentar e alertar a população para a probabilidade de algo severo causar danos ou fatalidades no Brasil, assim, salvar vidas.

                                                                                 • LSPS Tempestades •

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

• LSPS Tempestades → Ciclone no Atlântico Sul - Dezembro 2017 - Projeção

    Desde o inicio da semana, os modelos GFS e ECMWF estão projetando a formação de uma Depressão Subtropical com potencial para evoluir para Ciclone Subtropical e ser nomeado de Guará.
     A LSPS Tempestade começou a monitorar a projeção do sistema deste o dia 6 de Dezembro, esperamos até hoje para publicar no blog para ter certeza que não haveria um retrocesso na projeção. Diante da manutenção da projeção, lançamos esta publicação de monitoramento, assim que o sistema se formar, o monitoramento serpa transferido para uma postagem própria para sistema formado.

     → Status do Sistema:
• Data Prevista: 10 de Dezembro de 2017.
• Duração da Previsão5 de Dezembro de 2017 (12Z) - 9 de Dezembro de 2017 (12Z). (4 Dias).
• Possibilidade: Probabilidade (100%).
• Estágios Atingidos: Cavado→Ciclone Subtropical.
• Situação Final: Formado.

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     Na rodada das 18Z do GFS pelo CyclonePhase, a baixa aparece com bastante simetria e centro quente em baixos níveis no dia 10. A Partir do dia 11 o sistema deixaria de ser simétrico (geraria frentes/frontogênese) e quente, e passaria a ser extratropical na tarde ou noite do dia 11.

          | Rodada das 18Z do dia 8 de Dezembro | Foto: CyclonePhase |

     Análise LSPST: Estamos no segundo mês da temporada de ciclones (sub)tropicais no Atlântico Sul. Como esperado, já começam as projeções para os ciclones dessa natureza. Nesta projeção, temos uma possível Depressão, que pode evoluir para Ciclone, se originando de um ZCAS, algo bem comum em tempos de La Niña. A Região aonde o sistema é projetado para se formar, a SST (Temperatura da superfície da água) está na casa dos 23 a 26°C, alguns graus abaixo do ideal, mas que já possibilita a existência. Todas as rodadas projetam a baixa como algo subtropical no primeiro dia, assim, se o sistema for ser nomeado de Guará, será na carta das 12Z de domingo, já sendo rebaixado a Depressão na das 00Z de segunda, e depois para extratropical na das 12Z do mesmo dia. Esta é a nossa previsão para a classificação da Marinha, claro, se o sistema se formar.
→ 10/12/2017 - 00Z - Depressão Subtropical.
→ 10/12/2017 - 12Z - Ciclone Subtropical Guará.
→ 11/12/2017 - 00Z - Depressão Subtropical.
→ 11/12/2017 - 12Z - Ciclone Extratropical.

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Atualização #1 - 9/12/2017.

     Na rodada das 00Z do GFS pelo CyclonePhase, a projeção foi um pouco mais branda, aumentando a pressão mínima enquanto se encontra em estágio simétrico quente.

     Mais cedo que o esperado, na carta das 12Z, a Marinha do Brasil classificou a baixa com características subtropicais na costa do Espirito Santo, como um Ciclone Subtropical, sendo assim nomeado de Guará. O Sistema apresentava 998 hPa de pressão barométrica e rajadas de 92 km/h.

                                     | Carta das 12Z do dia 9 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Acompanhe o desenvolvimento do sistema na postagem especifica do ciclone (Por Aqui).

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   Crédito:
• Texto: Lucas Slongo (Adm: LSPS Tempestades).
• Fotos: Cyclonephase, Marinha do Brasil.

→ Última Atualização: 9 de Dezembro de 2017 - 21:01 - (Horário de Verão).

REALÇANDO - Esta postagem é de caráter informativa e analística. Todo o conteúdo aqui publicado tem como objetivo a verdade, sem sensacionalismo. Todos o conteúdo usado tem o nome do autor, assim, preservamos os direitos autorais. O Objetivo desta postagem é documentar e alertar a população para a probabilidade de algo severo causar danos ou fatalidades no Brasil, assim, salvar vidas.
OBS: Se o sistema se formar e for classificado, o monitoramento seguirá para uma postagem especifica para o monitoramento do sistema já em modo ativo.

                                                                                 • LSPS Tempestades •

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

• NOTÍCIA → Começa a transição do GOES 13 para o 16

     Falta pouco para desfrutarmos da capacidade máxima do GOES-R (GOES-16). A Partir desta quinta-feira, o NOAA iniciará a substituição do GOES 13 pelo GOES 16. A Partir desta data, ambos os satélites começarão a se movimentar a caminho de suas novas posições. O Fim deste processo decretará ''Estado Operacional'' e o inicio das operações do GOES-16 como GOES-LESTE.
     No processo de mudança de posição, o GOES-13 irá transmitir seus dados coletados para o GOES-14, que enviará para o solo. De primeiro momento (de 7 a 14 de Dezembro), os dados serão enviados do satélite para o solo, e do GOES-13 para o 14. Mas a partir do dia 14, será somente pelo GOES-14. Atualmente o GOES-14 está em Modo de Espera na posição 105° Oeste.


() Data projetada, quase 100% Confirmada () Data não confirmada.
 30/11/2017 - Movimentação do GOES-13 de 75° Oeste para 74,5 Oeste.
30/11/2017 - GOES-16: Desativação dos canais GRB RF, DCS, HRIT/EMWIN, SARSAT do GOES-16.
 30/11/2017 - GOES-16: 12:30 BRT, inicio da movimentação para a posição 75,2° Oeste (1,41° por dia).
 07/12/2017 - Inicio da transmissão de dados do GOES 13 para o 14.
 12/12/2017 - Chegada do GOES-16 a posição 75,2° Oeste.
 12/12/2017 - Calibração dos instrumentos do GOES-16.
 13/12/2017 - Re-inicio do envio dos dados dos canais SBN/AWIPS, PDA, GNC-A, CLASS.

     O Período de 14 e 22 de Dezembro de 2017, será histórico para a meteorologia. Neste intervalo de tempo, o já cansado GOES 13 começará a ter seus instrumentos desligados, e os instrumentos do GOES-16 serão re-ligados. Após esta transição, será declarado pelo NOAA, o ''Estado Operacional'' do GOES-16. Assim declarado, o GOES-16 se torna o mais novo GOES-LESTE substituindo o GOES-13.

 14/12/2017 - Ativação dos canais: GRB RF, DCS, HRIT/EMWIN, SARSAT do GOES-16.
 14/12/2017 - Desativação dos canais DCS, LRIT, SARSAT do GOES-13.
 17/12/2017 - Inicio das operações do GOES-16 como GOES-LESTE.
 02/01/2018 - Fim das transmissões dos dados do GOES-13 via GOES-14.
 02/01/2018 - Inicio da movimentação do GOES-13 (0,7° por dia) para a posição 60° Oeste.
 22/01/2018 - Chegada do GOES-13 a posição 60° Oeste para entrar em Modo de Espera.

     No dia 2 de Janeiro de 2018, receberemos as últimas imagens do GOES-13, no dia seguinte, o satélite entrará em modo de espera. O Futuro do GOES-13 é indefinido, mas as chances de ser descomissionado são baixas, devido aos 4 anos restantes da vida útil do mesmo.

     Aqui pela LSPS Tempestades, você acompanha os destaques sobre os satélites meteorológicos.

Créditos:
Fonte: NOAA/GOES.
Texto: Lucas Slongo (Adm: LSPS Tempestades).
Foto: Imagem do GOES-16 (Nov-2017) NOAA/GOES.

                                                                                 • LSPS Tempestades •

sábado, 14 de outubro de 2017

• LSPS Tempestades → ESPECIAL - As Destrutivas Super Células - 14/10/2015


     Era questão de tempo para acontecer, e aconteceu. A Onda Mais Severa de 2015 ocorreu. 4 Super Células passaram sobre a região metropolitana causando bastante prejuízos.
     Pressão atmosférica em 997 hPa, JBN, calor, e índices de instabilidades elevados (Cape, TT, Lifited Intex, e Umidade em 700 hPa), desencadeou a formação e intensificação dos núcleos de chuva que se formavam, gerando-se assim. poderosas Super Células, maioria com potencial tornádica.

     Tudo começou por volta as 10:30 da manhã, quando alguns núcleos começaram a se formar no oeste do RS (Como estava sendo previsto pela LSPS Tempestades). Como já estava perto do meio dia, os índices de instabilidade começavam a se elevar, com cada um no seu grau de severidade.

           | Radar + Imagem de Satélite | Fotos: Redemet, DSA (Junção: LSPST) |

     Tudo parecia encaminhar para a previsão, mas as 13:00, as cumulus, na região central, conseguiram evoluir para congestus. Em 1 hora, a célula, ao sul de Santa Maria evoluiu para super célula. O que o GFS não previu começava a acontecer sobre o centro-leste do estado.

           | Radar + Imagem de Satélite | Fotos: Redemet, DSA (Junção: LSPST) |

     As 14:10, mais uma congestus começava a virar cumulonimbus, esta a noroeste de Santa Cruz do Sul. Ao longo dos 60 minutos, a Cb se intensificava e alcançava os 75 dBz as 15:20. Esta célula (já possível super célula, se for ela a gravada por ''Zirocoolbr'', vídeo que pode ser visto bem mais abaixo), e a super célula evoluída sobre Santa Maria, rumavam em direção a Região Metropolitana.

     Em Cachoeira do Sul, a passagem da Super Célula de Santa Maria, as 15:40) deixou pelo menos 100 casas danificadas pelo granizo, e também possivelmente pelas fortes rajadas de vento.

           | Imagens de Radar em 1 hora de diferença | Fotos: Redemet (Junção: LSPST) |

     As 16:10, aquela célula formada em Santa Cruz do Sul atingia a escala máxima de refletividade, indicando, que por radar, já era uma Super Célula. A Super Célula neste momento, passava por Montenegro, e estava a instantes de atingir a Região Metropolitana (São Leopoldo e Novo Hamburgo). Enquanto isso, super célula ao lado, dava uma enfraquecida devido a da frente.

           | Super Célula chegando a Monte Negro | Fotos: Alessandro Centenaro |

     Em Montenegro, a passagem de duas Super Célula, causaram queda de granizo, por vezes grandes. Acima está o registro de Alessandro Centenaro, que é de uma das duas super células que passaram sobre a cidade no período diúrno. Acreditamos que seja da primeira.


           | Super Célula chegando a São Leopoldo e Novo Hamburgo. | Foto: Redemet |

           | Super Célula chegando a região rural de Novo Hamburgo | Fotos: Antônio Rodrigues/via  JornalNH |

     As 16:40, enquanto a primeira super célula passava por São Leopoldo e Novo Hamburgo, a segunda já estava a minutos de causar transtornos em Montenegro novamente. A primeira super célula chegou a região metropolitana com quase todo seu núcleo com 75 dBz de refletividade. ''Granizenta''!

           | Super Célula chegando a Novo Hamburgo | Fotos: Alexadro Amaro |

     Em Novo Hamburgo, a passagem de duas Super Células (a de baixo é a mesma SC da imagem acima), além de belas imagens, causaram: Destelhamentos, queda de postes, e arvores.
     Em Nova Santa Rita, pelo menos 100 casas ficaram com seus telhados danificados pelos granizos de 4 a 5 centímetros, característicos de células mesociclônicas.

     As 17:30, a segunda super célula atingia Novo Hamburgo e São Leopoldo. Enquanto passava, sua irmã mais velha, avançava por Santo Antônio da Patrulha com refletividade máxima.

           | Segunda super célula passando sobre São Leopoldo e Novo Hamburgo. | Foto: Redemet |

     Em Santo Antônio da Patrulha, as duas super células (acima) danificaram pelo menos 200 casas.

     As 18:00, a segunda célula apresentava formação de gancho, ao passar sobre Taquara. Enquanto isso, uma segunda célula menor passava sobre Novo Hamburgo, enquanto a primeira super célula atingia Xangri-Lá, já um pouco enfraquecida, mas que iria explodir novamente.

           | As 3 super células enfileiradas com potencial para granizo e tornados. | Foto: Redemet |

     Nos minutos seguintes, aquela pequena célula, evoluiu para uma Super Célula, e a super célula de Xangri-Lá chegou aos 70 dBz de refletividade, provavelmente devido a água quente da costa.

           | As 3 super células enfileiradas com potencial para granizo e tornados. | Foto: Redemet |

     Na hora seguinte, a fileira supercélular de 3 super células avançaram sobre Xangri-Lá, e o céu sobre a região metropolitana limpou. Parecia que a situação iria permanecer calma, mas não!
     As 17:30, de vários núcleos convectivos que se formaram no oeste do RS, um acabou começando a se destacar dos outros, a cada varredura, aquele núcleo ganhava mais intensidade. E as 18:30, apresentou característica de gancho, enquanto passava sobre Cacequi.

           | A super célula que iria atingir Viamão no inicio de sua vida em Cacequi. | Foto: Redemet |

           | A já possível super célula com miolo bem definido passando de raspão em Santa Maria. | Foto: Redemet |

     As 19:40, a célula, ao sul de Santa Maria, ao ter um miolo bem definido (confira nesta imagem aqui encima), já podia ser chamada de super célula, era certo que havia mesociclone lá dentro. A Partir dali, ela rumava em direção a região metropolitana, mas desta vez, atingiria POA e Viamão.

     As 20:50, ao chegar o radar, uma super célula monstruosa aparecia sobre o limite do radar, e era visível que estava em rota de colisão com Porto Alegre e Viamão. O Coração disparou de tensão!

           | As 20:50 BRT, eu me arrepiava ao checar o radar, uma super célula estava em caminho direto. | Foto: Redemet |

     Por volta das 22:00, a Super Célula chegou a Porto Alegre, a intensa incidência de descargas elétricas assustou muita gente, que filmaram e postaram no YouTube.
     No centro de Porto Alegre, o cinegrafista da RBS registrou a estrutura que confirma a passagem de uma Super Célula sobre a região da capital e Viamão. Confira as impressionantes fotos abaixo.

           | Super Célula chegando a Porto Alegre | Fotos: Bruno Alencastro |

     A Passagem da super célula pela capital causou: Destelhamentos, queda de postes, queda de arvores, queda de galhos, danos por granizo, além de milhares de famílias sem energia elétrica.
     Na estação meteorológica da RBS, as rajadas chegaram aos impressionantes 116 km/h, fazia muito tempo que não se registrava esse patamar de vento na capital. Foi um valor alto, mas no dia 29 de Janeiro de 2016, esse numero seria superado pelos 120 km/h do Microburst em POA.
     Este evento de Microburst em POA em breve será abordado em seu próprio Especial. Aguardem!

     Acompanhe abaixo a interceptação feita por mim (Lucas Slongo).

LSPS Tempestades em Campo:
     Eu (Lucas Slongo) enfrentei cara a cara (desabrigado) a passagem da 4ª Super Célula, desde a aproximação, até a passagem sobre a sede da LSPS Tempestade.
     Das quatro super células, somente a última atingiu Viamão... em cheio.
     Foram momentos muito intensos, principalmente durante as intensas rajadas de vento.

     As 15:30 daquela tarde quente, começava a cobrir o céu, a bigorna da primeira super célula.

           | Extremidade da bigorna da SC | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 15:32 BRT |

     As 15:48 da tarde, a bigorna avançava e a super célula ganhava intensidade, assim formando as mammatus pré frontais. Elas ficaram visíveis ao norte da sede da LSPST.

           | Mammatus da primeira Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 15:47 BRT |

     As 15:51 da tarde, as bigornas começavam a avançar, e a aumentar de quantidade as mammatus.

           | Mammatus da primeira Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 15:51 BRT |

     As 16:20 da tarde, a super célula começava a avançar sobre as cidades ao norte de Viamão (São Leopoldo, Novo Hamburgo e Gravataí), causando uma gama enorme de danos, a super célula tinha um clássico indício de rotação, as estrias na bigorna, formada por mesociclones.

           | Estrias da primeira Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 16:20 BRT |

           | Bigorna com estrias da primeira Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 16:21 BRT |

     As 16:30 da tarde, enquanto a super célula causava pânico no norte, ela apenas passava de raspão sobre Viamão, neste momento, um pedaço da base precipitatíva se aproximava da cidade, mas antes, as partes finais da bigorna com mammatus, embelezavam o céu.

           | Mammatus da primeira Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 16:30 BRT |

           | Mammatus da primeira Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 16:36 BRT |

           | Mammatus da primeira Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 16:36 BRT |

           | Mammatus da primeira Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | 16:37 BRT |

     A Passagem de raspão da primeira Super Célula em Viamão, causou apenas descargas elétricas e chuva moderada. É Viamão se safou!

     Após a passagem da primeira Super Célula, mais uma logo atras vinha para causar mais prejuízo em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Glorinha, e Santo Antônio da Patrulha, que tinham acabado de enfrentar uma. Na foto de varredura do radar do Morro da Igreja abaixo, mostra a primeira super célula se aproximando de Santo Antônio da Patrulha com principio de eco de gancho.

           | Primeira e segunda Super Célula. | Foto: Redemet | 18:15 |

     Durante a tarde, final da tarde, e inicio de noite, três Super Células passaram raspando ao norte de Viamão causando um número considerável de danos. Após a passagem, o tempo abril e as estrelas apareceram Viamão se ''safou'' de ser devastada por tempo severo, será?.

     As 20:20 da Noite, eu (Lucas Slogo) fui olhar no radar e PIMBA, ví aquela forma circular demonstrando 75 dBz de refletividade ao sul de Santa Cruz do Sul. Foi ali que percebi. Viamão não iria sair do dia 14 de Outubro de 2015 ilesa, uma intensa Super Célula rumava a Porto Alegre e Viamão, e para variar no momento de intensificação de tempestades supercélulares.

           | Super Célula rumando para POA e Viamão. | Foto: Redemet |

     As 21:00 horas da noite, no horizonte oeste e nordeste de Viamão, a atividade elétrica já era intensa, a bigorna com intensas mammatus noturnas estavam sobre nossa sede, indicando que o que viria seria muito severo. A Minha preocupação com um possível tornado começava a aflorar.

           | Bigorna eletrificada da Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | : BRT |

     As 21:30 da noite, através de um relâmpago, eu ví aquilo que me arrepiou os pelos do corpo todo, em pleno influxo quente, a base da super célula, rotacionava, e rumava para a sede da LSPS Tempestades. Vendo aquela base rotacionando na direção horária, me fez pensar: ''Será que depois de 15 anos, Viamão seria atingida por um novo tornado?''. A Emoção tomou conta de mim!

           | Base da mesociclônica da Super Célula a sudeste do raio. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | : BRT |

           | Base da Super Célula. | Foto: Lucas Slongo (LSPST) | : BRT |

     As 21:45 da noite, as descargas elétricas corriam pela estrutura da super célula. A Frequência intensa de descargas elétricas alertavam que, o que estava vindo era muito severo.

     As 22:05 da noite, a base da Super Célula estava num ângulo bem elevado no céu.

     As 22:15 da noite, a Super Célula com rotação, começou a passar sobre Viamão e Estância Grande (sede da LSPS Tempestades), antes da chegada das rajadas e vento, a luz oscilou e faltou (rajada derrubando o eucalipto encima dos fios), após alguns segundos chegou intensa.
     O que fez disparar meu coração foi o som, segundos antes da falta de energia, o som na direção oeste de nossa sede era amedrontador, o som parecia arvores rachando, diante desse som crescente, a energia elétrica oscilou e faltou (como dito acima), após uns 10 segundos, as rajadas de vento intensas, chegaram dobrando todas as arvores ao redor.

     Foram 20 minutos de rajadas intensas com algumas pedras de granizo medianas. Visualizando as rajadas de vento, eu apontaria 100 km/h ou mais de velocidade das rajadas.
     Durante a passagem, os relâmpagos exibiam o interior precipitativo na cor verde claro, sinal de granizo na super célula.

     O que me deixou com dúvida e com um pouco de medo, foi o som a sudeste da sede, o barulho era tipo um assopro, indicativo chave para um tornado no solo. o som era diferente das frentes de rajadas severas que já presenciei. O que diferenciava este som das rajadas de vento intensas era clara:
Rajadas de vento comum: ♫ Xaaaaaaaaaaaaaaaa ♫ (folha das arvores sendo chaqualhadas)
Radas de vento tornádicas: ♫ Vôúúhhhúúúúúúúúúooo ♫ (som característico de tornado)

     Durante a madrugada, a frente fria avançou em forma de Linha de Tempestade, piorando mais ainda a situação dos atingidos pelos temporais da tarde e noite.

Rastros da 4ª Super Célula em Viamão:
     A Passagem da terceira Super Célula sobre Porto Alegre e Viamão causaram uma onda de destruição que foi considerada como a pior tempestade até então (perdendo para o tornado EF3 de 2000 em Viamão e Águas Claras, e para o Microburst de POA, que ocorreu mais a frente, 31/1/2016).

     Perto da sede da LSPS Tempestade, na RS-118, houve a queda com raiz e tudo, de um eucalipto de aproximadamente 40 metros, sobre os fios da rede elétrica, juntos com outras arvores, que também caíram sobre os fios.
    Na Estância Grande, houve a queda de 1 poste com transformador, e mais 3 postes tortos.
     A nossa sede ficou sem energia elétrica desde as 22 horas de quarta, até as 17:15 (horário de verão) de domingo.
     No centro de Viamão, houve queda de postes, destelhamentos, e queda de galhos e arvores.

As Super Células fora de Viamão:

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Análise Técnica: ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

     Esse cenário severo se deu pela avanço de uma frente quente (cavado - Área alongada de baixa pressão), esse fenômeno sobre condições tão acessíveis para convecção, geraram super células tornádicas. Para piorar, já no dia 15, uma frente fria se formou e avançou, causando ainda mais problemas.
     Nós da LSPS Tempestades fizemos uma postagem de alerta, indicando o pior de Tempo Severo para a metade oeste do RS, mas o que veio de pior a ocorrer foi na metade leste, um erro ocasionado pelo GFS, que novamente voltava a fazer projeções numéricas errôneas. O Modelo indicava para o oeste as melhores configurações, sendo que foi no leste que as condições se mostraram estarem melhores.
     As 4 Super Células apresentavam forte mesociclône cada, havia potencial elevado para descer um funil e formar tornados. Tanto que foi curioso não ter ocorrido pelo menos um tornado moderado, já que houve vários princípios de Hook Echo (Eco de Gancho) nas 4 Super Células. Infelizmente nunca saberemos o motivo para a não ocorrência dos funis, já que não havia equipe de pesquisa caçando.

     No GIF baixo mostramos aonde se localizada o mesosiclone de cada super célula que passou pela região metropoitana.

FOTO GIF.

     Como prova, em Santa Cruz do Sul, foi feito um extraordinário registro do mesociclone da provável primeira ou segunda super célula, veja abaixo, a rotação é de arrepiar:

Mesociclone de uma das Super Células sobre Santa Cruz do Sul - 14/10/2015.

     | Uploader: Zirocoolbr. |

     Em outras regiões do estado também houve a formação de super células, e a maioria também com potencial tornádica.

     A Troposfera estava assim:
→ 1000 hPa - Calor, com pressão baixa, e com umidade moderada disponível. (Superfície).
→ 850 hPa - JBN (Jatos de Baixos Níveis) atuando sobre o RS. (Baixos Níveis).
→ 700 hPa - Bastante umidade disponível. (Baixos Níveis).
→ 500 hPa - Velocidade alta dos ventos. (Médios Níveis).
→ 200 hPa - JST (Jato Subtropical) em altas velocidades sobre o RS. (Altos Níveis).

     Pelas imagens de satélite, da para notar, a atuação do cavado, que causou duas erupções convectivas, seguido pela formação e avanço da frente fria, já no dia 15 de Outubro.

                                            | Atuação da instabilidade sobre o RS | Fotos: DSA/CPTEC |

     A quantidades de super células formadas no evento deste dia 14 de Outubro de 2015, da para se dizer que, foi um dos eventos mais severos da década sobre o RS. Mas em questão de quantidade de Super Células, foi histórico, em 20 anos, nunca se viu tantas formadas no mesmo dia.

     OBS: Esta postagem ficou arquivada por 1 ano e 2 meses devido a uma série de problemas, que ocasionou a paralisação do blog. As edições só voltaram no dia 29 de Dezembro de 2016, quando finalmente conseguimos as informações que faltavam.
     OBS: Devido a problema da minha câmera, as anotações de horários durante a passagem sobre a sede podem estar com atraso de 10 minutos. Por motivo desconhecido, a câmera fica se desatualizando com a hora exata, evento que acontece gradualmente em mili-segundos

   Crédito:
• Texto: Lucas Slongo (Adm: LSPS Tempestades).
• Fotos: Antônio Rodrigues, Redemet, Lucas Slongo (LSPST), Alessandro Centenaro, Alexandro Amaro, Bruno Alencastro.
Capa: Fundo (Bruno Alencastro), Radar (Redemet), Edição (Lucas Slongo).

→ Última Atualização: 2 de Dezembro de 2017 - 22:19.

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