domingo, 4 de dezembro de 2016

• LSPS Tempestades → Ciclone Subtropical ''Eçaí'' - Dezembro 2016

     No dia 4 de Dezembro de 2016, uma Baixa Subtropical se formou na costa de Santa Catarina, com pressão minima de 998 hPa. A Marinha caracterizou a baixa como uma baixa comum em sua carta das 12Z do mesmo dia.

     • Dados Técnicos do Sistema:
• Status: Dissipado.
• Pressão Máxima: 998 hPa.
• Pressão Minima: 992 hPa.
• Maiores Rajadas de Vento: 100 km/h.
• Inicio da Formação: 4 de Dezembro de 2016.
• Fim da Formação: 7 de Dezembro de 2016.
• Atividade: 3 Dias.


     Durante o aprofundamento, o sistema causou intensas rajadas de 118 km/h na costa de Santa Catarina, arrasando a Ilha de Florianópolis, rajadas não vista antes desde o Furação Catarina.

     Por Satélite a tarde, a Baixa Subtropical estava com seu centro exposto, suscetível ao ar seco.


          | Baixa Subtropical perto da costa de Santa Catarina | Foto: Satélite Metop B (DSA) |

     O GFS veio através das rodadas intensificando o sistema, até o dia 2 de Dezembro, projetava uma baixa subtropical, mas no dia 3 e 4 projetou uma baixa com características que podem elevar a Ciclone Subtropical Eçai. Na rodada das 18Z do dia 4, o GFS através do Cyclonephase projetou as marcações no limite entre centro morno e quente em médios níveis, se for projetado em Warm core nos próximas rodadas, seguido em baixos níveis, estará sendo projetado um Ciclone Tropical no Atlântico Sul, fenômeno que em nossa análise duraria menos de 24 horas devido a baixa temperatura da água (SST). Já realçamos que o sistema não deve causar mais danos a costa (mesmo evoluindo).

          | Rodada das 18Z do dia 4 | Foto: CyclonePhase | Edição: LSPS Tempestades |

          | Rodada das 18Z do dia 4 | Foto: WxBrasil |

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→ Atualização 1 - Eventos do dia 5 de Dezembro de 2016.

     A Marinha do Brasil na carta das 00Z elevou a baixa subtropical a Ciclone Subtropical (assim o sistema ganha o nome) Eçaí, com pressão mínima de 994 hPa e rajadas de vento sustentadas de 100 km/h. É a segunda nomeação na temporada, sendo que estamos ainda em Dezembro, se um ciclone próximo for nomeado, o próximo entrara para a história meteorológica.

                                     | Carta das 00Z do dia 5 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Na rodada das 00Z, o GFS mostrou o Ciclone simétrico por volta das 12Z de segunda (5 de Dezembro). O Cyclonephase do modelo confirmou, mostrando os marcadores em warn Core simmetric as 18Z em baixos níveis e na divisa, em médios níveis. Com isso, na carta das 12Z poderemos ter a evolução para Ciclone Tropical. Se não for nesta carta, não será em mais nenhuma, por que, a partir das 00Z de terça, o ciclone tende nos médios níveis, a ficar cada vez mais frio, com isso, impossibilitando uma classificação para Tropical.

          | Rodada das 00Z do dia 5 | Foto: CyclonePhase | Edição: LSPS Tempestades |

     Este ciclone mesmo evoluindo para Tropical hoje a tarde, não ameaça mais a costa brasileira.

→ Análise LSPS Tempestades:
     O Ciclone tem o centro quente, mas aparentava assimetria o que fez a Marinha não nomeá-lo na carta das 12Z, mas agora, o sistema ruma a simetria, o que abre critério para ser nomeado e foi o que houve. Nas próximas 24 horas, o sistema tende a se intensificar, e não se descarta a evolução para Ciclone Tropical as 12Z (antes de possivelmente na carta seguinte ser rebaixada para subtropical e na carta posterior, para ciclone extratropical).

     Na carta das 12Z, a Marinha do Brasil Elevou o Ciclone Subtropical para Ciclone Tropical, mas no boletim constava como um Ciclone Subtropical. Horas mais tarde a marinha voltou a traz na carta e re-publicou corrigindo e permanecendo o fenômeno como um Ciclone Subtropical.
     Pela segunda vez (desde que foi nomeada como monitoradora de ciclones), a Marinha do Brasil comete erro!!! Alguém ta merecendo uma bronca!

                                     | Carta das 12Z do dia 5 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Por satélite, o Eçaí (como foi com Deni) não apresenta nenhum desenvolvimento vertical considerável (devido a SST baixa na área) para alimentar o sistema. Mesmo assim, um belo ciclone.


          | Eçaí visto pela lente do Satélite AQUA | Foto: Satélite AQUA (DSA) |

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→ Atualização 2 - Eventos do dia 6 de Dezembro de 2016.

     Na carta das 00Z da Marinha do Brasil. o Ciclone Subtropical Eçaí, foi rebaixado a Depressão Subtropical, com 998 hPa de pressão barométrica. O Sistema a cada hora começa a perder aprofundamento barométrico e gradiente de pressão, nas próximas 24 horas já dese ser extratropical.

                                     | Carta das 00Z do dia 6 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Na carta das 12Z da Marinha do Brasil, o Eçaí continua classificado como uma Depressão Subtropical. Agora o sistema já apresenta isóbaras esticadas e pressão mantida em 998 hPa. É quase certo que na próxima carta (00Z de quarta) o Eçaí seja rebaixado a um Ciclone Extratropical.

                                     | Carta das 12Z do dia 6 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Por satélite a Depressão Subtropical está sem nenhuma nuvem vertical, já está com uma aparência digna de um Ciclone Extratropical. Mesmo o Eçaí não tendo convecção, ele já é considerado o 2º mais forte no Atlântico Sul (perdendo apenas para o Catarina), olha que estamos ainda em Dezembro.

          | Eçaí visto pela lente do Satélite TERRA | Foto: Satélite TERRA (DSA) |

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→ Atualização 3 - Eventos do dia 7 de Dezembro de 2016.

     Na carta das 00Z da Marinha do Brasil, a Depressão Subtropical foi rebaixada a uma baixa comum (extratropical), era o fim do Eçaí, o segundo Ciclone quente mais forte do Atlântico Sul.

                                     | Carta das 00Z do dia 7 de Dezembro | Foto: Marinha do Brasil |

   Crédito:
• Texto: Lucas Slongo.
• Fotos: DSA, WxBrasil, Cyclonephase, Marinha do Brasil.

→ Última Atualização: 7 de Dezembro de 2016 - 03:26 - (Horário de Verão).

                                                                                 • LSPS Tempestades •

domingo, 20 de novembro de 2016

• Notícia - Atlas V com GOES-R abordo decola de Cape Canaveral

     Com uma hora de atraso, o foguete Atlas V contendo o satélite meteorológico GOES-R decolou de Cape Canaveral (Flórida). O Satélite de nova geração da GOES irá revolucionar a meteorologia mundial. Em comparação, nos termos da aviação e tv, seria:
• Do motor a hélice para os turbofans atuais.
• Da TV preta e branca, para as HDs atuais.
     A Diferença será gritante!!!

     Anteriormente marcado para as 20:41 (BRT) ou 5:41 (Horário da Flórida), o Atlas V não decolou devido a um problema elétrico. Os técnicos foram tentando concertar e assim foram adiando a decolagem pouco a pouco, com uma janela de tentativa de 1 hora (se não conseguissem em 1 hora, a decolagem seria cancelada). Por fim, o problema foi sanado, e os diretores de voo liberaram a decolagem para as 6:41 (21:41 BRT). Na hora demarcada o foguete decolou e saiu da torre.
     Durante os momentos críticos (com os foguetes auxiliares acionado) tudo ocorreu bem!

Decolagem do Atlas V com o GOES-R abordo - 19/11/2016.

     | Uploader: SpaceVids.tv. |

     Durante a Pro-Grade (alargamento da órbita), o Atlas estava um pouco fora da rota, problema que foi corrigido durante a construção da órbita. Durante as horas seguintes foi realizado o geo-estacionamento do satélite.

     Com o GOES-R já no espaço, se espera que no máximo 1 ano e meio, venha a cobrir integralmente a América com suas imagens a cada 30 segundos, sendo imagens no canal visível em HD colorida, (algo que só os satélites AQUA e TERRA fazem, só que 1 imagem por dia cada).

     O Próximo satélite GOES a ser enviado ao espaço é o GOES-S, que será ligeiramente superior ao GOES-R. A Data de lançamento do GOES-S está marcada para Março de 2018.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ciclones Tropicais e Subtropicais no Atlântico Sul

     O Atlântico Sul, é o oceano com menor atividade de Ciclones de centro quente, comparado ao Atlântico Norte, Pacifico Norte, Pacifico Sul e Índico, mas mesmo assim, ocorrem formações que as vezes são de alta magnitude, como foi o Furacão Catarina e os ciclones tropicais Anita, e Arani.
     No ano de 2015, houve a formação de 3 sistemas de centro quente no Atlântico Sul, uma Depressão Subtropical em janeiro, o ciclone subtropical Bapo em Fevereiro, e o também subtropical Cari em março. Estes eventos deixaram claro que poderá ser oficializado no futuro a ''Temporada de Ciclones Subtropicais e Tropicais no Atlântico Sul'', por que já é evidente que existe.

     Esta é uma postagem traduzida e melhorada da versão em inglês da Wikipédia, aqui é mostrado todos os ciclones tropicais e subtropicais que se formaram no Atlântico Sul de 1974 até 2016.
     Os textos publicados aqui são uma mescla entre a da LSPS Tempestades e a da Wikipédia, mas nos eventos mais recentes (2014 até atualmente), o texto e de autoria total da LSPST.
     Em Fevereiro de 2015 após o Ciclone Subtropical Bapo, os editores da Wikipédia modificaram a página, removeram as Depressões Subtropicais da lista e a quantidade por mês, mas aqui elas permanecem, assim como os nomes atualmente usados na classificação (ciclone ao invés de tempestade).

Funcionamento desta Página:
Desenvolvimento - Esta página existiu como rascunho no Blogger desde 2013.
Classificação: A LSPS Tempestades classifica as baixas simétricas como Ciclones ao invés do termo Tempestade, e também só adiciona como verídico (não como provável), os sistemas classificados pelas cartas diárias da Marinha do Brasil.
Monitoramento - A LSPS Tempestade monitora quando possível, toda a vida do sistema.
Ícones: () Sistema monitorado pela LSPS Tempestade.

OBS - Estamos terminando a página, em breve a lista estará detalhadamente completa.

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Março 1974 - Depressão Subtropical.

     Este trata-se do primeiro registro de algo de natureza subtropical no Atlântico Sul.
     Descrição a ser escrita.

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Abril 1991 - Ciclone Tropical.


     Descrição a ser escrita.

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Janeiro 2004 - Ciclone Tropical.


     Descrição a ser escrita.

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Março 2004 - Ciclone Tropical - Categoria 2 (''Catarina'').


     O Ciclone Tropical Catarina foi o único a se formar no Atlântico Sul com categoria numerada (Furacão), o Catarina foi um evento raro quando um cenário atípico ajudou a intensificar o ciclone até se transformar em um Furacão e fazer landfall em Santa Catarina.
     No dia 21 de Março, um Ciclone Extratropical se formou na costa do Paraná e São Paulo. A Tendência era que o sistema avança-se para sudeste. O Atlântico na época estava com a temperatura acima dos 27°C, era um fator a se monitorar minunciosamente, com um ciclone sobre o mesmo.
     No dia 22 de Março, uma crista num sistema de alta pressão ao sul do ciclone extratropical, deixou o sistema estacionado sobre águas quentes. O Aquecimento do núcleo do ciclone começava.
     As 19:30 do mesmo dia, o satélite GOES 12, registrou um desenvolvimento vertical no flanco direito do centro do ciclone, que já não era mais extratropical. No resto da noite, o ciclone ia se afastando das frentes que o acompanhava quando era extratropical.
     No dia 23 de Março, as 7:30 da manhã, começou a se desenvolver várias formações verticais envolta do centro do ciclone. As 10:30 da manhã, o ciclone já subtropical, começou a avançar em direção ao continente (direção oeste). O Primeiro sinal de que viria a costa já era visível.
     No resto do dia, o ciclone continuava avançando para leste, mas os desenvolvimentos estavam até então esparsos, com Cbs (Cumulonimbus) isoladas nos flancos do núcleo.
     No dia 24 de Março, as 16:30, a intensificação rápida começou, o ciclone subtropical, começou a apresentar bandas características de ciclone tropical. O Ciclone estava rumo a classificação de tropical. No resto da noite, a intensificação continuava, e o núcleo começava a se fechar.
     No dia 25 de Março, as 14:30 da tarde, o ciclone já tropical, começava a iniciar a formação do olho, que veio a se completar as 16:30 da tarde. Um Ciclone Tropical/Furacão se formou.
     As 19:30 da noite, o olho já cercado por desenvolvimentos verticais, que protegia o núcleo do ar seco, a partir daquele momento, o Ciclone Tropical só se intensificava.
     No dia 26 de Março, o InMet mencionou que o raro sistema ''deve se dissipar''. Grave erro de previsão que impediu da população se preparar para o pior que vinha.
     Na noite do mesmo dia, o Ciclone Tropical, foi classificado como um Furacão Categoria 2, e ganhou o nome de Catarina (ou Ciclone Tropical Catarina). O Furacão apresentava ventos sustentados de 180 Km/h e pressão barométrica minima desconhecida.
     No dia 27 de Março, o Ciclone Catarina já estava perigosamente perto da costa de Santa Catarina, as nuvens altas (círrus) já passavam sobre a costa do estado catarinense durante a tarde.
     A Noite, Catarina já estava com um olho muito bem definido, e a parede do olho já estava quase fazendo landfall na costa de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul.
     Na madrugada do dia 28 de Março, por volta das 4 horas, o Furacão Catarina fez landfall na costa de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, matando 3 pessoas e deixando centenas desabrigadas. Foram 400 milhões de dólares em prejuízo.
     Durante a manhã e tarde do mesmo dia, o furacão se dissipou em continente na forma de um sistema de baixa pressão continental. O Fenômeno raro e mortal finalmente se acabava.
     Este sistema mostrou o quanto o Brasil estava despreparado e pouco estruturado na meteorologia, durante a vida do sistema, vários erros foram cometidos:
- Negação - Após formar o olho, o NHC (National Hurricane Center) dos EUA, já oficializou a formação de um ciclone tropical (Furacão) no Atlântico Sul. Enquanto isso, os meteorologistas brasileiros negavam a formação.
- Extra? - A Maior gafe foi o termo usado na época: ''Ciclone Extratropical Catarina''.

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Fevereiro 2006 - Ciclone Tropical.


     Descrição a ser escrita.

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Janeiro 2009 - Ciclone Subtropical.

     Descrição a ser escrita.

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Março 2010 - Ciclone Tropical ''Anita''.

     O Ciclone Tropical Anita foi o quinto tropical a se formar no Atlântico Sul.
     Descrição a ser escrita.

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Novembro 2010 - Ciclone Subtropical. (Não reconhecido pela MdB).

     Descrição a ser escrita.

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Março 2011 - Ciclone Subtropical ''Arani''.


     No dia 13 de Março de 2011, um sistema de baixa pressão se formou na costa do Rio de Janeiro.
     No dia 15 de Março de 2011, a Marinha do Brasil, em sua carta das 12Z reconheceu a baixa como um Ciclone Subtropical, assim, sendo nomeado como Arani. O Sistema apresentava 998 hPa de pressão barométrica deslocando-se em sentido sudeste. Neste dia, o Arani teve uma explosiva convecção em seu centro, o que ocasionou a formação de um Complexo Convectivo de Mesoescala.
     No dia 16 de Março de 2011, a atuação de uma frente fria, acabou por iniciar o enfraquecimento do Arani. Neste dia, o sistema apresentava 1002 hPa de pressão e deslocamento para sudeste.
     No dia 17 de Março de 2011, o Ciclone Subtropical Arani foi rebaixada à uma baixa comum e assimétrica pela Marinha do Brasil na carta das 12Z, apresentando pressão mínima de 1000 hPa.

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Dezembro 2013 - Ciclone Subtropical. (Não reconhecido pela MdB).

     Descrição a ser escrita.

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Fevereiro 2014 - Depressão Subtropical.

     No dia 20 de Fevereiro de 2014, na carta das 12Z, a Marinha do Brasil classificou uma baixa na altura do Rio de Janeiro, mas bem longe da costa como uma Depressão Subtropical, apresentando 1008 hPa de pressão barométrica em seu centro, e que se movia para sudoeste.
     No dia 21 de Fevereiro de 2014, a Marinha do Brasil em sua carta das 12Z, rebaixou a Depressão a uma baixa comum, apresentando 1008 hPa de pressão em seu centro.

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Março 2014 - Depressão Subtropical.

     No Dia 27 de Março de 2014, na carta das 12Z, a Marinha no Brasil caracterizou a formação de uma baixa proveniente de um cavado, como uma Depressão Subtropical, na altura do Espirito Santo. O Sistema apresentava pressão mínima de 1014 hPa e 10 km/h de rajadas de vento.
     O Sistema continuou apresentando as mesmas configurações de velocidade e pressão barométrica até ser rebaixada à uma baixa comum no dia 29 de Março de 2014. O Sistema de baixa pressão resistiu até o dia 1º de Abril, acoplado ao ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul).

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Janeiro 2015 - Depressão Subtropical.

     No dia 23 de Janeiro de 2015, um sistema de baixa pressão próxima da costa de São Paulo e Rio de Janeiro foi caracterizado como uma Depressão Subtropical pela Marinha do Brasil, com a pressão no seu centro em 1008 hPa.
     No dia 24 de Janeiro de 2015, no dia seguinte, com a entrada de ar seco sobre seu centro exposto o sistema enfraqueceu, migrando para sudeste. Na sua dissipação, os ventos estima-se que chegaram aos 28 km/h com pressão em 1018 hPa, a depressão subtropical se dissipou por completo quando sua circulação se fundiu ao ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul).

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Fevereiro 2015 - Ciclone Subtropical ''Bapo''.


     No dia 5 de Fevereiro de 2015, a Marinha do Brasil caracterizou a baixa na costa de São Paulo e do Rio de Janeiro como uma Depressão Subtropical, com pressão minima no seu centro de 1004 hPa, a expectativa é que o sistema evolua para um ciclone subtropical.
     No dia 6 de Fevereiro de 2015, a Depressão Subtropical evoluiu para um Ciclone Subtropical com pressão minima de 996 hPa e ventos de 65 km/h, o ciclone foi nomeado pela Marinha do Brasil com o nome Bapo.
     No dia 7 de Fevereiro de 2015, na carta das 00Z, a Marinha do Brasil manteve o Bapo como ciclone subtropical, com os estáveis 996 hPa de pressão. A carta das 12Z foi idêntica a da 00Z, mesma pressão barométrica e velocidades semelhantes de vento.
     Já no dia 8 de Fevereiro de 2015, na carta das 00Z, a Marinha do Brasil rebaixou o Bapo a uma Depressão Subtropical, com pressão minima de 994 hPa. O Bapo seguiu a madrugada e manhã adentro perdendo características subtropicais, e na carta das 12Z, o Bapo novamente foi rebaixado, mas agora para um Ciclone Extratropical, já associado a uma frente fria.

Postagem da LSPS Tempestades: Plantões: 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

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Março 2015 - Ciclone Subtropical ''Cari''.


     No dia 10 de Março, a Marinha do Brasil classificou uma baixa formada na costa de São Paulo e Paraná como uma Depressão Subtropical com pressão minima de 1008 hPa. A Tendência era que a Depressão Subtropical evolui-se para um Ciclone Subtropical, assim ganhando o nome de Cari (Homem Branco em tupi guarani).
     No dia 11 de Março, as 00Z, a Marinha do Brasil classificou a Depressão Subtropical como Ciclone Subtropical Cari, com pressão minima em seu centro em 1000 hPa e ventos sustentados de 65 km/h.
     No fim da manhã, o Cari começou a apresentar forte convecção em volta de seu centro e por alguns instantes, apresentou um aparente olho, enquanto fazia sua máxima aproximação ao continente.
     Durante o fim de tarde e a noite do mesmo dia, o ciclone subtropical Cari foi perdendo força ficando sem desenvolvimentos verticais em volta do seu centro, enquanto migrava na direção leste.
     No dia 12 de Março, as 00Z, a Marinha do Brasil rebaixou o Cari para uma Depressão Subtropical com pressão minima de 998 hPa, e migrando na direção sudeste.
     Na carta sinótica das 12Z da Marinha, a Depressão Subtropical foi rebaixada para uma baixa comum, mas a CPTEC mencionou em sua carta que a baixa era um Ciclone Hibrido.
     O Cari entrou para a história como o segundo ciclone nomeado no mesmo ano na história no Atlântico Sul, nunca houve nomeação de tempestade 2 vezes num só ano até então.

Postagem da LSPS Tempestades:

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Janeiro 2016 - Depressão Subtropical.

     No dia 5 de Janeiro, as 12Z, a Marinha do Brasil caracterizou uma baixa formada na costa da Bahia, como uma Depressão Subtropical. A mesma apresentava pressão minima de 1008 hpa. A Tendencia é que a Depressão se intensifique e tenha seu pico no dia 6 ou 7 de Janeiro de 2016.
     No dia 6 de Janeiro, 4 da manhã, a Marinha do Brasil liberou sua carta das 00Z e manteve o sistema como uma depressão subtropical, com pressão minima de 1006 hPa.
     No período da tarde do mesmo dia, a Marinha do Brasil evoluiu a classificação do sistema para Depressão Tropical, mas a noite do mesmo dia a Marinha do Brasil voltou a trás e alterou sua carta das 12Z, rebaixando o sistema para Depressão Subtropical.
     No dia 7 de Janeiro, a Marinha do Brasil na sua carta das 00Z publicada na madrugada, classificou a até então Depressão Subtropical, como uma baixa comum, assim era o fim do sistema.

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Novembro 2016 - Ciclone Subtropical ''Deni''.


     No dia 15 de Novembro de 2016, a Marinha do Brasil caracterizou a baixa formada na costa de São Paulo e Rio de Janeiro como uma Depressão Subtropical, com pressão mínima de 1002 hPa.
     No dia 16 de Novembro de 2016, a Marinha do Brasil na carta das 00Z elevou a Depressão Subtropical para Ciclone Subtropical Deni. Com rajadas de 71 km/h e pressão mínima de 998 hPa.
     Na carta das 12Z a Marinha do Brasil manteve como Ciclone Subtropical com os mesmos valores.
     No dia 17 de Novembro de 2016, a Marinha do Brasil em sua rodada das 00Z rebaixou o Ciclone Subtropical Deni para uma baixa comum, medindo 998 hPa de pressão barométrica.

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Dezembro 2016 - Ciclone Subtropical ''Eçaí''.


     No fia 4 de Dezembro de 2016, uma Baixa Subtropical se formou na costa de Santa Catarina, causando rajadas de 118 km/h que causaram danos a ilha catarinense. Mas a Marinha do Brasil não deu nenhuma classificação em sua carta das 12Z, Já o Cptec classificou como Ciclone Subtropical.
     No dia 5 de Dezembro de 2016, a Marinha do Brasil na carta das 00Z classificou a baixa subtropical como um Ciclone Subtropical Eçaí. É a segunda nomeação na temporada. Eçaí tende a ganhar força nas próximas 24 horas, antes de enfraquecer e virar extratropical.
     Na carta das 12Z, a Marinha do Brasil elevou o Ciclone Subtropical para Ciclone Tropical, mas horas mais tarde voltou a traz e permaneceu o fenômeno como um Ciclone Subtropical.
     No dia 6 de Dezembro de 2016, a Marinha do Brasil na carta das 00Z rebaixou Eçaí para uma Depressão Subtropical, com avanço leste e 998 hPa de pressão barométrica.
     Na carta das 12Z, a Marinha do Brasil manteve o sistema como uma Depressão Subtropical.
     No dia 7 de Dezembro de 2016, a Marinha do Brasil rebaixou a Depressão Subtropical a uma baixa comum. O Sistema teve como fim a fusão com uma baixa extratropical.

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Dezembro 2017 - Ciclone Subtropical ''Guará''.


     No dia 9 de Dezembro de 2017, a Marinha do Brasil, na carta das 12Z, classificou uma baixa com características subtropicais formada de um ZCAS, como um Ciclone Subtropical, assim, sendo nomeado de Guará. O Sistema apresentava 998 hPa de pressão e rajadas de de vento de 92 km/h.
     No dia 10 de Dezembro de 2017, a Marinha do Brasil, na carta das 00Z manteve Guará com as mesmas configurações, a única mudança era o deslocamento, que passou a ser sudeste. Na carta das 12Z, o Guará foi mantido nas mesmas configurações mas com deslocamento para o sul.
    No dia 11 de Dezembro de 2017. a Marinha na carta das 00Z manteve o Guará como Ciclone Subtropical com 996 hPa, 92 km/h de rajadas de vento e deslocamento para o sul, mesmo já estando com claras configurações extratropicais (rajadas máximas longe do centro e circulação não fechada). Na carta das 12Z, finalmente o sistema foi rebaixado a uma baixa comum, sendo absorvido por uma frente fria.

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→ Abaixo as as ocorrências por mês.
- |       | - Janeiro - (4)
- |   | - Fevereiro - (2)
- |           | - Março - (6)
- | | - Abril - (1)
- || - Maio - (0)
- || - Junho - (0)
- || - Julho - (0)
- || - Agosto - (0)
- || - Setembro - (0)
- || - Outubro - (0)
- |   | - Novembro - (2)
- |     | - Dezembro - (3)

Créditos:
Texto: Lucas Slongo (Adm: LSPS Tempestades).
Fotos: Copyright: NASA, NOAA, MODIS (AQUA/TERRA), SUOMI NPP (NOAA/NNVL).

Última Atualização: 12 de Dezembro de 2017 - 04:28.

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terça-feira, 15 de novembro de 2016

• LSPS Tempestades → Ciclone Subtropical ''Deni'' - Novembro 2016

     No dia 15 de Novembro de 2016, uma Depressão Subtropical se formou na costa de São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo, com pressão minima de 1002 hPa. A Marinha caracterizou a baixa como Depressão Subtropical na sua carta das 12Z do mesmo dia. Primeira formação do ano!

     • Dados Técnicos do Sistema:
Status: Dissipado.
• Pressão Máxima: 1005 hPa.
• Pressão Minima: 998 hPa.
• Maiores Rajadas de Vento: 72 km/h.
• Inicio da Formação: 15 de Novembro de 2016.
• Fim da Formação: 17 de Novembro de 2016.
• Atividade: 2 Dias.

          | Ciclone Subtropical Deni no dia 16 de Novembro | Foto: Satélite AQUA - DSA |

     Na carta das 12Z da Marinha do Brasil, a mesma caracterizou a baixa formada na manhã do dia 15 de Novembro como Depressão Subtropical, com pressão mínima de 1002 hPa.

                                     | Carta das 12Z do dia 15 de Novembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Por satélite na hora que a baixa foi classificada como Depressão, não havia muita convecção vertical envolta da baixa. Isso provavelmente devido a baixa temperatura da água, que marca no momento 22 a 23°C, e o ar seco que se encontrava logo ao norte do centro da Depressão.


          | Depressão Subtropical no dia 15 de Novembro | Foto: Satélite Metop B - DSA |

     As 12Z pelo Cyclonephase, a Depressão aparece com o marcador definitivo de 1010 hPa bem profundos em Warm-Core, e os projetados (de 1000 hPa) indo em direção a asymmetric warm-core.

          | Rodada das 12Z do dia 15 | Foto: CyclonePhase |

     As 18Z do Cyclonephase, a escalada rumo a assimetria procede.

          | Rodada das 18Z do dia 15 | Foto: CyclonePhase | Edição: LSPS Tempestades |

     Pelo GFS a Depressão parece um pouco mais fraca comparada a rodada das 12Z.

          | Rodada das 18Z do dia 15 | Foto: WxBrasil |

Previsão Marinha do Brasil:
     A Marinha do Brasil em sua previsão acredita que durante a noite, a depressão evoluirá para Tempestade Subtropical (Ciclone Subtropical), sendo nomeada de Deni, e atingirá a pressão minima e 998 hPa.

PARTE DOIS - ANÁLISE DO TEMPO EM 151200
ALTA 1030 EM 16S017W. FRENTE FRIA EM 45S049W, 42S053W, 38S060W E 35S067W MOVENDO-SE COM 10/15 NÓS PARA E/NE. DEPRESSÃO SUBTROPICAL EM 24S044W COM PRESSÃO CENTRAL DE 1002 HPA, MOVENDO-SE PARA SUL, COM PREVISÃO DE INTENSIFICAÇÃO NAS PRÓXIMAS 12 HORAS. VENTOS FORÇA 7/8 E RAJADAS FORÇA 9/10 ATÉ 400 MN NO SETOR LESTE/NORDESTE E ATÉ 250 MN NO SETOR SUL/SUDESTE DO CICLONE.
PROGNÓTICO DO CENTRO DO CICLONE:
160000 HMG – 1000 HPA EM 26S044W (TEMPESTADE SUBTROPICAL).
161200 HMG – 998 HPA EM 29S043W (TEMPESTADE SUBTROPICAL).
170000 HMG – 998 HPA EM 32S040W (TEMPESTADE SUBTROPICAL EM TRANSIÇÃO PARA CICLONE EXTRATROPICAL). ZONA DE CONVERGENCIA INTERTROPICAL (ZCIT) EM 07N020W, 08N030W, 09N040W E 09N050W. (*).

Análise LSPS Tempestades:
     Como esperado, se formou uma Depressão Subtropical, agora é ver se nas próximas 24 horas evolui para Ciclone Subtropical Deni. Mas visivelmente pelo GFS, a Depressão não aparenta simetria, foi curioso a Marinha caracterizar, até parece que eles levaram apenas em consideração o Cyclonephase. Na rodada das 18Z, a depressão apresenta simetria somente as 12Z de amanhã, ai pode-se se esperar com moderadas chances uma classificação para Ciclone Subtropical Deni.

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→ Atualização 1 - Eventos do dia 16 de Novembro de 2016.

     Em sua carta das 00Z, a Marinha do Brasil elevou a Depressão Subtropical para Ciclone Subtropical, assim sendo nomeado de Deni. A Carta menciona que Deni tem 998 hPa de pressão barométrica, está avançando no sentido sudeste, e tem rajadas sustentadas de 50 nós (72 km/h).

                                     | Carta das 00Z do dia 16 de Novembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Na carta das 12Z, a Marinha do Brasil manteve o sistema como um Ciclone Subtropical Deni, com pressão central de 998 hPa, e rajadas de vento de 50 nós (72 km/h).

                                     | Carta das 12Z do dia 16 de Novembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Por satélite a baixa não aparenta nenhum desenvolvimento vertical.



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→ Atualização 2 - Eventos do dia 17 de Novembro de 2016.

     Fim da Linha! Na carta das 00Z da Marinha do Brasil, o Ciclone Subtropical Deni foi rebaixado para uma baixa comum, tendo a pressão mínima de 998 hPa, sem sistemas frontais (simétrico).

                                     | Carta das 00Z do dia 17 de Novembro | Foto: Marinha do Brasil |

     Pelo cyclonephase das 00Z, ta claro a transição para extratropical.

          | Rodada das 00Z do dia 17 | Foto: CyclonePhase |

   Crédito:
• Texto: Lucas Slongo.
• Fotos: DSA, WxBrasil, Cyclonephase, Marinha do Brasil.

→ Última Atualização: 18 de Novembro de 2016 - 07:01 - (Horário de Verão).

                                                                                 • LSPS Tempestades •

sábado, 12 de novembro de 2016

• LSPS Tempestades → Ciclone no Atlântico Sul - Novembro 2016 - Projeção

    Na rodada das 18Z do dia 11 de Novembro de 2016, o modelo GFS através do Cyclonephase estava prevendo a formação de uma baixa com características subtropicais para o dia 17 de novembro de 2016. Devido a isso iniciamos o monitoramento das projeções para o sistema.

     → Status do Sistema:
Data Prevista: 15 de Novembro de 2016.
Possibilidade: ALTA Probabilidade (100%).
Estágios Atingidos: Cavado → Depressão SubtropicalCiclone Subtropical Deni.
Duração da Previsão: 11 de Novembro de 2016 (18Z) - 15 de Novembro de 2016 (12Z). (4 Dias).
Situação Final: Dissipado.

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Atualização 1 - Previsão do dia 12 de Novembro de 2016.

     O Modelo ''Global Forecast System'' (GFS), desde o dia 11 de Novembro vem prevendo a formação de uma baixa com características subtropicais na costa de São Paulo. Nas primeira projeções (12Z e 18Z), a baixa era discreta e rapidamente fazia a transição para extratropical (após 48 horas). No cyclonephase, contatava na divisa entre simétrico e assimétrico. Na rodada das 00Z do dia 12 de Novembro, houve uma ligeira intensificação, o tamanho da circulação aumentou um pouco e a velocidade de transição para assimétrico ficou mais demorada, confira abaixo.

          | Rodada das 00Z do dia 12 | Foto: CyclonePhase | Edição: LSPS Tempestades |

     Na rodada das 12Z, o GFS intensificou, e muito a baixa, pelo cyclonephase, a baixa aparece com centro morno e ainda mais simétrico, só que agora formado no dia 17 de Novembro na costa do Rio. Reparem na curva da baixa (já extratropical) para sudoeste enquanto estivesse alinhada com o RS.

          | Rodada das 12Z do dia 12 | Foto: CyclonePhase | Edição: LSPS Tempestades |

     Na rodada das 18Z do GFS , a baixa nas primeiras 24 horas, se mostra visualmente assimétrica, se transformando num intenso ciclone extratropical no dia 18 agora simétrico.

          | Rodada das 18Z do dia 12 | Foto: WxBrasil | Edição: LSPS Tempestades |

     Na rodada das 18Z do Cyclonephase, a baixa aparece novamente (como nas rodadas do dia 11) na divisa entre simétrico e assimétrico, sendo que após formada acaba se tornando assimétrico, e só volta a ser simétrico após ser extratropical. A Rodada explica totalmente o que foi visto no canal ''850 hPa precipitação e vento'' do GFS (visto na imagem acima). Levando em consideração esta rodada, provavelmente a baixa não ganharia nenhuma classificação pela Marinha do Brasil.

          | Rodada das 18Z do dia 12 de Novembro | Foto: CyclonePhase |

Análise LSPS Tempestades:
     No momento a SST (Temperatura na superfície da Água) na costa de SP e RJ está por volta dos 22 a 23°C, ou seja, muito baixa para intensificar sistemas de centro quente. A Umidade do ar projetada pelo GFS as 18Z mostra umas pequenas áreas de ar seco durante o possível estágio subtropical. O cisalhamento parece presente. Tudo isso leva a LSPS Tempestades a crer que o sistema possivelmente não evoluirá acima de Depressão, isso caso ganhe a evolução pela Marinha, por que, visualmente pelo GFS não parece nada promissor, o sistema só fica bonito pelo modelo quando já é extratropical simétrico.

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→ Atualização 2 - Previsão do dia 13 de Novembro de 2016.

     Na rodada das 00Z do GFS, a projeção para a baixa voltou ao patamar das rodadas anteriores (tirando a das 18Z do dia 12), novamente uma baixa de centro quente que aos poucos fica assimétrica e perde as propriedades subtropicais. Pelo Cyclonephase, a baixa inicia subtropical (possível depressão), com valor minimo de 1000 hPa e o dia 18 fica assimétrico (extratropical).

     Na rodada das 12Z, o Cyclonephase voltou a colocar a baixa na divisa entre simétrico quente, e assimétrico morno. No GFS a baixa ficou um pouco mais simétrica isóbaradamente, e barometricamente mais intenso, com seus 1000 hPa ainda perto da costa de SP e RJ.

     Na rodada das 18Z do GFS, finalmente a baixa não fica com aparência de cavado e se funde com outro sistema irmão. Nesta rodada, a baixa se forma e avança na direção sudeste sem se esticar, e ao longo do avanço ganha todas as propriedades extratropicais e vira um intenso ciclone extratropical.

          | Rodada das 18Z do dia 13 | Foto: WxBrasil | Edição: LSPS Tempestades |

     O Cyclonephase das 18Z diminui a expectativas. Como ocorreu na rodada das 12Z, novamente a projeção é ficar na divisa, com isso, vai diminuindo as chances de uma Depressão Subtropical.

          | Rodada das 18Z do dia 13 | Foto: CyclonePhase | Edição: LSPS Tempestades |

• Análise LSPS Tempestades:
     As rodadas do dia 13 variaram bastante, a projeção para a baixa começou bem empolgante (00Z), com marcadores bem profundos em Simmetric Warm-Core, mas nas demais (12 e 18Z), voltou a ficar com pouca expectativa de algo significativo na quarta, novamente o cyclonephase coloca os marcadores na divisa de Simmetric Warm-Core e Asymmetric warm-core, ou seja, uma baixa frontal e as vezes não frontal no inicio da formação (quarta), assim, a Marinha não iria classifica-la como Depressão Subtropical. Agora vamos ver amanhã como as projeções vão sair, quanto mais perto da data da formação, mais certa vai ficando as projeções. Agora é aguardar e ver!

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→ Atualização 3 - Previsão do dia 14 de Novembro de 2016.

     Na rodada das 00Z de segunda feira do GFS, o sistema se mostra isóbaradamente bonito. A Tese do modelo de alargar a circulação da baixa pelo jeito foi abandonada, agora a baixa segue redondinha até desaparecer do mapa. Observando a rodada, parece (pelo menos parcialmente) que a frente sempre está acoplada (assimétrico). Pelo Cyclonephase, o sistema continua tendo os marcadores na divida, mas agora com um marcador de 1000 hPa um pouco mais profundo na área warm-core (núcleo quente).

          | Rodada das 00Z do dia 14 de Novembro | Foto: CyclonePhase |

     Na rodada das 12Z do GFS, a tendência foi semelhante ao das 00Z, mas agora a pressão atmosférica se mostra mais baixa (999 hPa) no dia 16. Pelo Cyclonephase, os marcadores ficaram um pouco mais profundos em warm-core nas primeiras 24 horas do sistema.

     As 18Z do GFS, a baixa (com aparência assimétrica) já atinge os 1000 hPa bem próximo a costa de São Paulo e ao longo do avança na direção sudeste, vai se aprofundando cada vez mais, com uma leve aparência simétrica no dia 17, já longe da costa brasileira.

          | Rodada das 18Z do dia 14 | Foto: WxBrasil |

     O Cyclonephase das 18Z voltou a dar característica subtropical a baixa. Os marcadores ficaram mais profundos em warm-core (vermelho) com valor de 1000 hPa, e 990 hPa durante a transição para assimétrico (rosa/roxo).

          | Rodada das 18Z do dia 14 de Novembro | Foto: CyclonePhase |

• Análise LSPS Tempestades:
     Com o inicio da formação amanhã (terça), o cenário atual das rodadas de hoje a tarde são as mais próximas que vai acontecer com a baixa. Vendo em detalhe as rodadas e seus dados técnicos (um pouco falado acima), a LSPS Tempestade acredita que a chance para uma Depressão Subtropical é moderada, se a Marinha do Brasil for dar essa classificação ao sistema, será nas cartas de 12Z, 18Z de terça e 00Z de quarta. A água mais fria do que necessário para sistema do tipo vai servir de barreira para algo mais radical como foi os Ciclones Subtropicais Bapo e Cari.
     O Sistema deve causar ressaca na costa de São Paulo e Rio de Janeiro, com rajadas moderadas de vento nesta terça e quarta, podendo chegar ao 50 km/h. Ao longo do afastamento, as rajadas enfraquecerão.

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→ Atualização 4 - Previsão do dia 15 de Novembro de 2016.

     As 00Z do dia 15 de Novembro, o GFS e o Cyclonephase sustentaram as previsões anteriores.
     Durante a madrugada e manhã de terça, a baixa se formou na costa de SP e RJ.
     Na carta das 12Z da Marinha do Brasil, a baixa foi classificada como Depressão Subtropical.

     ► E Se formou!!! Acompanhe o desenvolvimento do sistema aqui.

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   Crédito:
Texto: Lucas Slongo.
Fotos: WxBrasil, Cyclonephase.

Última Atualização: 15 de Novembro de 2016 - 23:40 - (Horário de Verão).

REALÇANDO - Esta postagem é de caráter informativa e analística. Todo o conteúdo aqui publicado tem como objetivo a verdade, sem sensacionalismo. Todos o conteúdo usado tem o nome do autor, assim, preservamos os direitos autorais.
OBS: Se o sistema se formar e for classificado, o monitoramento seguirá para uma postagem especifica para o monitoramento do sistema já em modo ativo.

                                                                                 • LSPS Tempestades
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